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Por uma escrita rebelde
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Por uma escrita rebelde

Marli dias Ribeiro
Autor
Marli dias Ribeiro
Marli Dias Ribeiro, doutora em educação, professora, palestrante e escritora. Vencedora do Prêmio Gestão Escolar DF. Atua na carreira magistério há mais de 20 anos. Tem experiência em gestão escolar, coordenação e formação de professores e gestores. Mestre em Educação, Pós graduada em Educação no Sistema Penitenciário e Gestão Escolar. Formação Internacional em Liderança Escolar. Tem artigos e textos publicados em livros e revistas. Com Interesses: Gestão Escolar, Gestão Democrática, Formação de professores e gestores, Matemática e Química. Palestras, oficinas e eventos educacionais.
Capa do Livro Por Uma Escrita Rebelde

Quando pensamos em um livro, geralmente imaginamos um conjunto de folhas impressas em papel. Nossa ideia de livro está associada ao material concreto, à técnica de impressão, a capa, ao desenho, à costura.

Quando juntamos textos escritos à mão ou lemos no computador parece-nos fugir a materialidade do livro. Mas, temos hoje, E-books, Blogs, Vlogs, redes sociais, páginas e tantos outros escritos, diversos e únicos. Infinitas possibilidades…

Mas nem sempre foi assim! De onde vem o termo, a palavra “livro”? Ela vem da forma latina liber, que era o nome da camada externa da casca das árvores, onde se escrevia antigamente. Os livros nem sempre tiveram o formato atual. Foi durante a Idade Média que passaram a ter um aspecto parecido aos de hoje. Antigamente, como eram escritos à mão, existiam poucos exemplares, raros eram os leitores.

Em 1436, na Alemanha, um joalheiro chamado Johannes Von Gutenberg inventou a imprensa. Graças a essa invenção, puderam ser feitas muitas cópias de um mesmo livro, não sendo mais necessário copiá-los à mão. A partir da invenção da imprensa, no século XV, foi possível imprimir exemplares em grande quantidade, tornando-os acessíveis a um maior número de pessoas. Porém eram poucos os letrados. Mulheres leitoras eram uma raridade.

Quem escrevia os livros?
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Inicialmente, os homens escreviam para anotar a quantidade de animais que tinham, guardar a informação e controlar os animais que eram vendidos, que se perdiam ou que morriam. O que se escrevia na Antiguidade, portanto, não eram livros, mas breves anotações comerciais e documentos.

Apenas os sacerdotes podiam escrever livros porque se acreditava ser a escrita um dom sagrado concedido pelos deuses a sujeitos escolhidos. Essas pessoas eram as únicas que tinham permissão para ler os livros sagrados. Ainda hoje a ideia de dom ou capacidade nata é associada a essa visão dogmática do ato de escrever. Mas acreditem, todos podem escrever… Todos!

Na Idade Média, na Europa, os monges eram encarregados de copiar os livros à mão. Esses monges eram chamados copistas. Já nos países do Oriente, como na Pérsia, por exemplo, os encarregados de copiar e ilustrar livros não eram os monges, mas sim algumas famílias. E todos os membros da família deviam se dedicar a esse trabalho.

Um ato de rebeldia
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O fato é que livros sempre geraram conflitos por expandirem informações. Ao longo da história, muitos episódios de dominação destruíam bibliotecas. Dessa forma, controlavam a história dos povos e a experiência dos seus antepassado contida nos livros.

Isso aconteceu com a famosa Biblioteca de Alexandria, no Antigo Egito: quando os romanos invadiram a cidade de Alexandria para conquistá-la, queimaram a sua imensa biblioteca. Na Europa, no período da Inquisição, entre os séculos XV e XVI, a Igreja Católica também ordenou a queima de livros considerados contra a fé cristã. Quase em meados do século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de livros foram queimados em praça pública pelo regime nazista por serem considerados contrários ao sistema político.

Por isso, escrever, ler e ter livros foi e sempre será um ato de rebeldia, um movimento de contestação que precisamos construir e reconstruir.

Por isso, escrevo nesse espaço virtual, nas redes sociais, e claro, escrevi um livro. Acreditem, escrever sempre será uma forma de democratizar o conhecimento.

Onde encontrar
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Compre o livro "Por uma escrita rebelde no Stricto Sensu"

Referências: TEBEROSKY, Ana e COLL de Cesar. Aprendendo Português. Conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental de 1a a 4a série. Ática, 2000.


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